Carroça de Flores - Bordadas






Ganhei um belo livro de uma amiga querida, e encontrei esta imagem.
Me apaixonei.
Sem muito conhecimento, mas com muita força de vontade, me arrisquei a dar inicio.





Observei que a folhagem de fundo tem vários tons, e os pontos devem ser feitos antes das flores.






Colori a carroça com lápis para tecido.
E bordei as rodas com uma linha degradê.


Como estou provando as linhas Varicôr, escolhi experimentar uma meada linda, amarelo ouro que a amiga Astrid me apresentou há pouco tempo.
Ela se chama Madame Maia, claro em homenagem a sua criadora.
Pensei... se esta linha tem o nome dela é porque é especial. E constatei.
Ao abrir a meada, percebi que está dividida em fios grossos, contendo 3 cabos, mas você pode separar e assim terá 3 sub cabos, com 4 fios cada.



Acompanhe minha observação, você vai gostar.

Veja que a linha da esquerda é a linha grossa, a que está sob a agulha é o sub cabo com 4 fios.
E foi com ele que fiz as flores salpicadas na primeira moita da carroça.



Como a linha é brilhante e tem o tom um
pouco diferente das que usei, deu um toque bem delicado, por isso usei a mesma linha e fiz o miolo das demais. À medida que fazia o ponto, e a linha passava pelo tecido, observei uma forma melhor para conduzir a linha de forma a não  "brigarem" na hora de entrar e sair do tecido. Sabem como? Com o dedão.
Lembram como usamos o dedão para segurar o ponto nó francês?  
Experimentem usar com esta linha de seda, posicione antes de puxar a linha, ele separa os fios e não embrama mais.
Enquanto eu separava os fios e fazia os pontos, me deu vontade de separar também os sub cabos e usar a linha com apenas 2 fios.
Enfiei a agulha e fiz o primeiro ponto, ao puxar ela desfiou e partiu-se.
Aí, a imagem ao lado, me veio à mente: =>
Esta imagem é o nosso "slogan".
Nosso Grupo de Bordados começou com esta ideia de compartilhar, porque acreditamos na união.
Neste momento senti como tudo gira em torno deste entendimento.
Ao separar a linha, enfraquecemos a força dela.
E, com certeza o tamanho da meada foi estudado pela Madame Maia, para que a linha tivesse utilidade até o final.
Se usarmos uma linha longa demais, corremos o risco de ver nossa linha desfiar na metade do ponto.
Se separarmos o cabo, e dividimos as linhas para que renda mais, ou para obter um ponto mais fino, podemos simplesmente inutilizar o ponto.
E assim continuei o bordado sentindo quanta intuição recebemos nestes momentos de quietude e observação.
E o quanto isso nos ajuda com a vida.   









Mais uns pontinhos, as lavandas!!!
Precisam de um tom especial, tanto do lilás como do verde.
Fiz em nó francês.








Rosinhas à esquerda, miosótis à direita.







Flores brancas em linhas e tons diferentes.







Glicínias penduradas no final, em vários tons, dando acabamento

Assim nasce minha obra prima. 

Este meu treino de flores me surpreendeu e me deu muita confiança para seguir com o bordado.
Foram usadas linhas molinê da DMC, linhas Varicôr, Linhas Madeira e Linhas Edmar. Fundo da carroça foi pintado com lápis para tecido.
Hoje dou por acabado.
29 Setembro/2013. Rose Becker. 

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