quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Carroça de Flores

Carroça de Flores


Ganhei um belo livro de uma amiga querida, e encontrei esta imagem.
Apaixonei.
Sem muito conhecimento mas com muita força de vontade, me arrisquei a dar inicio.
Observei que a folhagem de fundo tem vários tons, e os pontos devem
ser feitos antes das flores.

Colori a carroça com lápis para tecido.
E bordei as rodas com uma linha degradê.

Vários tons e pontos diferentes compõem este fundo.
Próxima Etapa 
Flores

Como estou provando as linhas Varicôr, escolhi experimentar uma meada linda, amarelo ouro que a amiga Astrid me apresentou ha pouco tempo.


Ela se chama Madame Maia, claro em homenagem a sua criadora.
Pensei... se esta linha tem o nome dela é porque é especial.
E constatei.
Ao abrir a meada, percebi que esta dividida em fios grossos, contendo 3 cabos ,mas você pode separar e assim terá 3 sub cabos com 4 fios cada
Acompanhem minha observação, você vai gostar.
Vejam que a linha da esquerda é a linha grossa, a que está sob a agulha é o sub cabo com 4 fios.
E foi com ele que fiz as flores salpicadas na primeira moita da carroça.
Como a linha é brilhante e tem o tom um pouco diferente das que usei, deu um toque bem delicado, por isso usei a mesma linha e fiz o miolo das demais.
À medida que fazia o ponto e a linha passava pelo tecido, observei uma forma melhor para conduzir a linha de forma a não "brigarem" na hora de entrar e sair do tecido.
Sabem como? Com o dedão.
Lembram como usamos o dedão para segurar o ponto nó francês?
Experimentem usar com esta linha de seda, posicione antes de puxar a linha, ele separa os fios e não embrama mais.

Enquanto eu separava os fios e fazia os pontos, me deu vontade de separar  também os sub cabos e usar a linha com apenas 2 fios.
Enfiei a agulha e fiz o primeiro ponto, ao puxar ela desfiou e partiu-se.
Aí a imagem me veio à mente:
Esta imagem é o nosso "slogan".
Nosso Grupo de Bordados começou com esta ideia de compartilhar, porque acreditamos na união.
Neste momento senti como tudo gira em torno deste entendimento.
Ao separar a linha, enfraquecemos a força dela.
E, com certeza o tamanho da meada foi estudado pela Madame Maia, para que a linha tivesse utilidade até o final.
Se usamos uma linha longa demais, corremos o risco de ver nossa linha desfiar na metade do ponto.
Se separamos o cabo e dividimos as linhas para que renda mais, ou para obter um ponto mais fino, podemos simplesmente inutilizar o ponto.
E assim continuei o bordado sentindo quanta intuição recebemos nestes momentos de quietude e observação.
E quanto isso nos ajuda com a vida.
Mais uns pontinhos, as lavandas!!!
Precisam de um tom especial, tanto do lilás como do verde.
Fiz em nó francês.

As flores acima das lavandas, vou faze-las em
ponto casa da aranha.

Rosinhas a esquerda, miosótis a direita

Flores brancas em linhas e tons diferentes.



Glicininas penduradas no final,
Dando acabamento 




Assim nasce minha obra prima, 


Este meu treino de flores está finalizado.
Foram usadas linhas molinê da DMC, linhas Varicôr, Linhas Madeira e Linhas Edmar. Fundo da corroça foi pintado com lápis para tecido.Hoje dou por acabado. 29 Setembro 2013. Rose Becker. 

29 Setembro 2013